RONDA
Quando o vento adormece e surge a lua...
Um canto triste e longínquo ecoa nas ruas...
E as estrelas caladas e do meu pranto testemunhas...
Elevam minha alma a tão doce e puro encanto...
Fazendo-me lembrar dos amores esquecidos...
Por mim, tão vividos...
A saudade então me abraça...
Que a delirar então me obriga...
Enquanto a mim murmura...
A sonhar na vida...
Minhas partidas...
Minhas chegadas...
Noites vividas...
Alvoradas...
Ah doce amor...
Que agora beijas minh'alma...
É noite...
E é tão escura...
Nem o brilho das estrelas...
Nem o brilho da lua...
Esconde essa minha angústia...
De não ter minhas mãos junto às suas...
Tudo dorme...
Só eu velo...
Desejando você...
Que é feito de tudo?
Por que tudo assim?
Dormir, sonhar e sorrir...
Ronda rotineira...
Toda noite é assim...
A lhe buscar pra mim...
Sandro Paschoal Nogueira