Os Cheiram Virilhas
E os normais encarnados sob o ápice de logicismos ocos , vazios e cinzentos
Se engasgam com os ventos de suas tolices
E vomitam besteiras ímpares
em filas que crescem diuturnamente
E o pior é que querem decidir por onde outros caminhem
Como se todos iguais a eles fossem
E os normais em cada esquina
Sujos e imundos da mesmice da teimosia de serem normais
Embriagam - se de tolices
Embebedam - se de tudo
Mediocridade sem limites
Sentam - se em tronos toscos
E erguem - se perante a sabedoria do tempo sem entender nada
Apenas a pose perante a beleza da vida
Que passa e não fica
Os normais que não enxergam um palmo do seu nariz
Apenas se entorpecem com as sombras de suas asneiras
Cheiram as suas virilhas e testam as suas narinas
Num rito torto, turvo e tonto
Sob aplausos e holofotes
de gente que não sabe beber um gole de poesia!