ESTRANHO DE NOVO
Eu estranho de novo.
Um vazio de mar
deixa meu rosto salgar,
mata todo disfarce
dos meus risos falsos,
entre os outros na multidão
posso viver seus espelhos.
Posso calçar seus pés pra
andar marcando passos
deixados como mentiras
avulsas como frutas
de um veneno que pode
entorpecer e matar
e fazer quem sabe acordar..
Eu estranho outra vez
no limiar da estrada que
ternina longe de você
Vou pertencer sempre
ao vazo jogado depois
daquelas flores secarem
quebrado perto da estrada
que sempre volto a chegar
E na minha tolice entregar
outras flores de segredo
pelo estranho que viu
seu rosto mal dizer
quem mandava , bem dizer
Quão belas são as visões
daquele otário....