Amor clandestino
Esqueci-me até do tempo perdido,
dos desencontros sob o sol
Das palavras fingidas, do desafinado bemol
Com ele em meus braços, já não mais corria, Vagarosamente meus pés por ele
Dialogavam
Em um misto de felicidade e clandestina surpresa Soluçavam
A frieza antes dispensada, então me parou na pele,
Diante do poder e da esperança de penetrar
Seu mundo infantil e multicor.
Enfim , eu encenava demoras para reencontrá-lo E sorvia seu tão desejado sabor
Fui assim rainha delicada
No êxtase puríssimo do prazer e da dor
Não era mais a menina na companhia do livro, Mas a mulher do seu amante e senhor.
Inspirado em fragmento de Felicidade clandestina, de Clarice Lispector.