Caiu poesia
Sentada ali,
a deliciar-me
com o esplendor
das árvores,
fui surpreendida:
caiu-me,
bem no bolso
da bolsa,
um pedaço de poesia.
Alguém dirá:
era só uma folhinha.
Ao que direi:
e tem algo
mais belo
e poético
que a natureza?
A folhinha
me sussurou:
na bagagem
nunca leves
mais do que podes
e precisas levar.
Mas nunca deixes
a sua bagagem
desprovida
de poesia.
Ela é leve como folha
e cabe em qualquer bolso.
especilmente, nos internos.