Caiu poesia

Sentada ali,

a deliciar-me

com o esplendor

das árvores,

fui surpreendida:

caiu-me,

bem no bolso

da bolsa,

um pedaço de poesia.

Alguém dirá:

era só uma folhinha.

Ao que direi:

e tem algo

mais belo

e poético

que a natureza?

A folhinha

me sussurou:

na bagagem

nunca leves

mais do que podes

e precisas levar.

Mas nunca deixes

a sua bagagem

desprovida

de poesia.

Ela é leve como folha

e cabe em qualquer bolso.

especilmente, nos internos.

Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 12/03/2023
Reeditado em 12/03/2023
Código do texto: T7738746
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