Estradas sem Cios
Enquanto se esforçam pra ser mais um
Preenchendo as lacunas dos subsolos das cavernas infernais
Outros sem esforços preenchem os caminhos inéditos, tortos e lamacentos
Enquanto uns se soterram nos limites lineares submissos aos racionalismos
engrenados pela força da volúpia dos corriqueiramente iguais
Em seus infernos maltrapilhos com grifes vencidas e vendidas e tão caras de tão pobres !!
Outros com pés descalços e com almas nuas
Desvirginam ventanias dançando sob chuvas de estrelas que florescem com a leveza de sorrir pra o nada em absoluta harmonia com o êxtase de sua existência absoluta e louca
E os bastardos plantonistas que marcam ponto impreterível
Sob o castigo cego e oco algemado aos que apenas vivem sua sub vida
tão podre, pobre e suvina
E enganados nutrem - se de equívocos
E não pensam que não sabem pensar
Apenas deliram de tão corretos
de tão certos
de tão míopes
Seguem trilhas já trilhadas
Sem o cio seguido do gozo
de tirar espinhos de suas estradas