Doze de Março
Quem me conhece sabe o amor que sinto pela cidade do Recife.
Defensora do Centro da Cidade, ao ar livre, sem condicionadores de ar, de perambular pelas ruas, lanchar na Rua da Imperatriz aquela pizza de queijo deliciosa com refrigerante de máquina, no copo de vidro.
Eu digo que sou do Recife sem medo da possessividade. Nunca tive Recife. Sou dela. E a relação é feliz assim.
- Quer amolar o alicate? Vai no beco do veado, menina!
- Quer pechinchar? Vai na Dantas Barreto, passando por entre o camelódromo, tem umas lojas bacanas por ali. Tudo baratinho e bom demais. E se tiver a fim de "bater perna" mais um pouquinho, dá uma passadinha na Rua Direita. Não esquece de olhar pro alto da Basílica da Penha que fica ali em frente à Praça Dom Vital. Eita, peraí, já que estás aí, entra no Mercado de São José. Bom demais. Compra imã de geladeira com a sombrinha do frevo de lembrança.
- Quer ir à Livraria? Passa no Sebo da Rua da Roda antes, boba! E no caminho não deixe de apreciar as pontes, o Edifício Duarte Coelho, o Cinema São Luiz, o edifício dos Correios e Telégrafos e O Rio Capibaribe.
Ah, o Rio Capibaribe.
É um show a parte. Não é Veneza brasileira. É RECIFE! É o Cão sem plumas. É João, é Manuel, é Clarice, é Capiba.
- E agora está a fim de descansar um pouquinho porque andou demais? Passa no Forte das Cinco Pontas e fica sentado na lanchonete. Respira fundo porque o Museu é massa. Não fazes corpo mole. Passa na Casa da Cultura (antiga Casa de Detenção) e de lá, vai ver como ficou a revitalização da Estação do Metrô do Recife.
Lembra de olhar pro prédio da antiga Arapuã pra poder sentir saudade.
Na volta pra casa, se passar pela Praça 17, depois pela do Diário, olha pra Carlos Pena Filho ali sentado. E lembra imediatamente do Savoy. Mas seja forte e pensa que o Mustang ainda sobrevive.
Recife me emociona e inunda os meus olhos.
Parabéns, Recife!!!!
Sou apaixonada por ti.