Exôdo
O cálice seco em cima da mesa
Com frutas pintadas na toalha vintage.
Um quadro de uma quermesse qualquer
A casa de teto baixo de paredes frias, de cor azul anil.
Lá fora mato, a tv de tubo sempre ligada, em um canal, que ninguém vê e mato, só mato.
Água de pote, o querosene cheirando, tal qual uma aventura de caminho hostil,
O calor amarelo, em um céu que dói só de olhar. O sinal vazio de chuva, só perde pro choro do poço perene e compartilhado.
O pensamento é cidade.
E se não posso, então na poeira vou embora.
Equilibrando em madeira de ipê pela estrada incompleta. Eu fui, em um quinzenário chego.
Maravilhosa, tem água sem poço prédio é tão grande, eu lá sou menos que nada.