O POEMA APRESSADO
O poema não espera pelo poeta...
Ele apressado, quarteirão à frente,
Corre pela cidade, solto...
Feito gente!
E se confunde e nos confunde.
O poema é multidão...
E de repente ele sorri
Na minha mão!
Verso após verso o edifico,
Como arquiteto da imperfeição;
O poema que nasceu no ruge-ruge
E morrerá de solidão.
(Março de 1993)
- Antonio Costta