Paradoxo do Tempo

Olho o rio silencioso e sozinho,

magoado em suas águas

pelas pedras do caminho.

Tenta o voo...

mas suas asas não abrem mais.

Um voo impossível faz náufragos

em paradas inesperadas e incertas

e possíveis mudanças de rota.

Todas à procura de um porto.

Gôndolas de sentimentos

expressam-se à beira do cais.

Ninguém olha, ninguém vê.

Paradoxos do tempo.