Súbita Esperança

Bastou-me um brinde, um trago apenas, para que eu caísse, na imensidão de um vazio e de repleta penúmbra.

Onde os pensamentos vagueiam, procurando o índice, e vão se destanciando, com plumas no vale das sombras.

Porque voltei a beber desta droga maldita, sabendo que minha mente se pertubaria, ainda enferma e sobrepuge, não vacila e obriga-me a encontrar respostas não compreendendo, e que há muitos transportou para a loucura, julgando-os monge.

Em cada gole uma pergunta, em cada pergunta uma resposta.

Os olhos fixando algo que ali se encontra e que não vê.

Uma porta talvez ligando a mente ao infinito, as vezes nota que os viandantes são raciocinios loucos do querer saber.

Não sei onde me encontrava antes de vir ter neste mundo, e nem que tal modo natural fui transportado.

Não sei nem o que aprendi lá, onde há silencio profundo.

Sei que um dia seguirei, e o que de bom aprendi aqui será levado.

Falaram-me de um céu, onde só amor existe, e me batizaram, depois tornei-me Muçulmano.

Disseram-me de um inferno que queima ardente até o espirito.

Mostraram-me o que há de bom e ruim nesta vida.

Espero poder além dos tempos, lá distante ouvir o éco de meu grito.

Maldita bebida que me enlouquece com apenas algumas doses, talvez...

Para crer que a evolução destroça e confunde o mundo, ou o atraso seja talvez o principio de tudo ou o término do que se fez.

TRAGA-ME OUTRA DOSE, MAIS FORTE, PARA QUE EU VENHA SENTIR NO FUNDO A TÃO SONHADA MORTE.