Onda verde
Certa vez,
quando era pequeno,
me afoguei no mar.
Nunca carreguei medo.
Pelo contrário:
se não nasci
numa onda verde,
como Gil escreveu para Caetano,
renasci.
E isso sempre me foi
mais forte,
porque pressupõe ter morrido antes
- ou quase.
E, por isso,
sei de mergulhar
- e sei de voltar.