Sob a voz do Ypiranga
Nunca imaginei chegar/
Onde muitos daquela geração/
Por reevindicar/
Desceram da masmorra ao porão/
Idealizava-se um novo mundo/
Sem escravidão/
Direito pra falar/
Liberdade pra pensar/
Mas se começar a considerar/
O que de fato construímos/
Com a consciência as mãos/
O que diz o ontem do hoje/
Sob nova direção/
Quem de nós vive, pra dizer dias melhores/
Coautores discutem se Sodoma ou Gomorra/
Se Gregos ou Romanos/
Se Marias ou casa de mãe Joana/
Aproveitadores fazem apologias/
A quem os financia/
Nossa ignorância forja a alegria/
A um passo dessa triste Democracia/
É fácil aceitar certas manias/
Quando dizem justamente o eu queria/
Por isso, mikos com coca cola/
No café da manhã, dessas famílias/
Filhos e filhas na inconfidência mineira/
Revolucionar ou empreender/
Nunca será liberdade excessiva/
Mudar bandeiras ou inventar um novo hino/
Emponderar críticas ou violentar manifestações/
Pela dor ou pelo clamor da estação/
Não vão trazer mudanças oriundas de uma razão/
Tratados de violência geram genocídios à nação/
Naturalmente já temos nossas feridas e divisões/
Vejam bem/
Será que você não enxerga ou escuta/
Querem sossegar a culpa/
A cada instante o sol faz nascer vidas/
Em tantas vidas/
E tantas flores em tantas flores/
Pra dizer a cada hora, eu amo você/
Por todos os lados/
As águas do mar lavam as feridas da areia/
E dos nossos erros fomos perdoados/
Por que em sã consciência/
Festejar o que é errado/
Será que será/
Que amordaçar leis, livros ou padrões/
Que vão de contra ações desses oportunistas /
Tornarão a desigualdade menos abrasiva/
A fome e a miséria além da avenida/
Queria te ouvir dizer/
Todas as manhãs eu te amo/
Abrindo o coração/
Com o sorriso da alma/
Unir as mãos pra contruir um futuro/
Aos nossos filhos/
E não impor consciência/
Ideologia ou apoiar orgias as pessoas/
É certo, que se precisa mudar/
Mas pra ser solidário não se precisa armar/
A dor com o ódio /
Porque só traz a morte/
E a necessidade é de amar/