GRILOS
GRILOS
Quilos de grilos invadem as redes
Riscam brancas paredes
Voam ao léu nos céus
Sem brigadeiros
Cheios de vivandeiros
Perdidos em suas verdades
Mentiras e saudades
De tempos inexistentes
Como se as gentes agentes de antes
Fossem santos
Não mostrassem dentes
Tudo eram encontros e encantos
Num mundo de faz de conta
E de era uma vez
Mas bastou às redes dar asas
A essa gente tonta
Para que explodisse de vez
A realidade escondida
E grilos se metamorfosearam
Em camaleões e gafanhotos
Cuspindo e dando arrotos
De humanidade reversa
Enquanto o "bem" versa