Teto de cristal
as nuvens abotoadas ao céu
bordavam o azul
só os pássaros sabiam
o encanto de nossas risadas
correndo pela casa
abrindo as varandas
deixando o mundo entrar
e beber café com
bobagens quentinhas
a vida ficava tão aprumada
o verde hortelã da cerca
rodeava as tardes
soprando as saias do tempo
o sol era o relógio
que sabia sonhar
semeando o amanhã
fresquinho recém
retirado da horta