Perdida em ti
Perdida em ti
Tenho saudades de ti e do que esperei e ainda não partiste
Dos poemas que vivi num livro que nem sei sequer se abriste
Mas vem depressa viver o nosso amor que ainda vens a tempo
Olha que ele não regressa com fulgor e sempre vence o sentimento
Ando perdida em ti numa doce e irreverente turbulência
Porque me deixas despida numa inocente e terna essência
Se reclamo pelo amor é apenas um grito de chamamento
Sussurro ao vento que te amo numa brisa que me passa de alento
Não sei se os teus ouvidos ouvem o silêncio da minha voz
Nem sequer se os teus olhos lêem as poesias que escrevo a sós
Se sentes as magias quando te toco com o poder da mão
As mesmas que te escrevem alegrias ditadas pelo prazer do coração
Mas não te percas porque senão eu me perco também
Sozinha num deserto de amor em que sem ti não há ninguém
Luísa Rafael
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Porto, Portugal