ANGÉLIA

ANGÉLIA

Angélia

Luzes artificiais cessam

A tela mostra-se em plenitude

Dando luz a nuvens desenhadas

Que se metamorfoseiam a cada instante

Num caleidoscópio divinal

No plano o verde dá o tom

Em árvores que se espalham

Em galhos folhas e flores

De colorido mil e febril

Enfeiam o cenário as imagens

Nascidas da mão dos bípedes

Asfaltos edifícios postes fios

Uma mirídea de intromissões

Desconectadas de beleza

Esconderijo de tristezas

Que circulam por ruas

De fio a pavios

Que quando acesos

Causam destruição

Jogando por terra

O encanto do equilíbrio

Da simetria

Da grandiosidade em harmonia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/03/2023
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