Insana
Profana
Dubialidade repentina.
Mudanças drásticas em minha rotina.
Análise psíquica.
A busca pela aposentoria.
1988 a jornada inicia.
Professora da SEESP
Salário que ao longo do tempo abaixou.
Promessas e mais promessas.
E, meu eu se esgotou.
Não atendi minha Saudosa Mãe.
Era para está na indústria,
Química formada.
Mas, hoje pedaços de mim espalhados.
Amigos?
Quero alguns reencontrá-los.
Outros esquecer do meu eu subconsciente.
Amor presente,
Mas o que é amar nessa fase?
Doente consciente!!!
Deprimo e reprimo meu eu,
Passos lentos dei,
Mas agora vejo a fase
No espelho envelhecida.
As rugas,
Os brancos cabelos que herdei de papai.
Pois, no auge de seus 84 anos,
Os cabelos de mamãe, estavam ainda negro.
Hoje renego meu eu.
Só fiz sofrer todos a minha volta.
Outro dia ouvi de meu filho que não sou mais criança,
Mas, cadê a criança que fui?
Aproveitaram de minha inocência,
E, depois o desejo.
Prática masturbável.
E, hoje me culpo por ter conhecido meu corpo.
Hoje exposto está meu espírito.
E, minha alma confessa desejos incoerentes.
Mesmo no subconsciente inocente.
Hoje letárgica,
Busco soluções.
Lembro a solução
Deus.
Energia,
Poesia,
Meio Ambiente.
Igrejas físicas
Pregam o fanatismo.
Não preciso de favores humanos.
Mas, o insano de minh'alma,
Busca o confessionário,
E, eu me ajoelho em espírito,
Pois, a idade rouba a cartilagem,
E, meus joelhos doem.
O tempo,
Hora amiga,
Hora inimiga de meus próprios atos.
O fato transgride.
E, a loucura inicia.
Somente uma poesia,
Ou a verdade de meus ais?
Tempo
"Finjo também Lenine, ter a mesma pacência"
Hoje os pecados serão perdoados?
Ou nessa letargia apodrecerei sem conhecer a mim mesma?
São Paulo, 4 de março de 2023.
Aos profissionais da saúde mental,
Em especial a todos os psicólogos que já conversei e ao meu psiquiatra do Iamspe :
Dr Reynaldo Estevez, muito obrigada.
Aos peritos do DPME,
Com ironia agradeço as várias licenças negadas.
Teka Castro