AVELÓRIO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Nem tudo que reluz

E que brilha é brilhante

Enfeite passante na luz

De pouco valor, semelhante.

No passado era conta de vidro

Brilhante como o raio do sol

Riqueza exposta em vidrilho

Como a lua cheia de arrebol.

Atualmente é enfeite de papel

Brilhante feito de tudo e de nada

De miçanga ou purpurina agranel

Riqueza pura da sociedade alienada.

É coisa de pouco valor

Se compra com ninharia

É assim o preço do autovalor

A bagatela na tela da galeria.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 04/03/2023
Reeditado em 04/03/2023
Código do texto: T7732443
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