CARNAVAL EXCLUSIVISTA
CARNAVAL EXCLUSIVISTA
O homem, o ser humano,
Policial se divertia no
Carnaval.
Homem, ser humano,
Negro, cabelo rastafari.
Festa que não é de
Preto e branco, mas
De branco.
A cor preta não é bem
Aceita,
A branca cai bem
Como um vintém.
O homem, o ser humano,
Negro, rastafari,
O olhar fuzilou, não gostou
Da sua cor,
O militar com sua fanta
Desferiu no corpo do
Homem,
Outras em seguidas
Vieram de mãos militares.
O carnaval é uma festa
Para turistas, não tem
Boa vista para os nativos
Afrodescendentes que
Não vivem sobre as correntes.
O carnaval soteropolitano
Encanta os turistas,
É uma festa exclusivista.
(Este poema é em solidariedade ao policial civil ADSON GOMES MIRANDA)