QUANDO A PAIXÃO FINDA...
 
A saudade se aproxima
e do corpo se apossa...
Solidão é erva daninha
que devasta sentimentos
e em correntes grossas
aprisiona a magia do tempo,
em distâncias confinantes
porém intransponíveis
ao coração conflitante...
 
Quando a paixão finda,
a esperança desfalece
no olhar que ronda perdido,
quando a noite desce...
E é lenta... vazia... escura!
Neste rodopiar de lembranças,
a imaginação se dispersa adiante...
Na lágrima um sentir doído,
pelo passado não tão distante...
 
Indiferente a esta loucura
o dia, livre amanhece!
 
E assim, navegam emoções,
em marés de águas passadas...
Imergem ondas de sensações
de um querer ter, que sonha ainda
em sobreviver... Renascer,
desta tortura constante e cruel
que açoita a pele fria,
subjuga a alma, que calada,
sorve seu cálice de fel,
quando a paixão finda...

 
10/12/2007

 

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 11/12/2007
Reeditado em 28/10/2009
Código do texto: T773149