Ventos
Os Ventos não têm lei nem rei, transformam o ar em perpétua anarquia, guerreiam entre si, provocam furacões e tempestades.
Para dominar e organizar essas forças, Júpiter encerra os Ventos numa caverna e sobre ela acumula montanhas e rochedos. Depois pede a Éolo, filho de Netuno e Arne que vigie os prisioneiros.
Assim, Éolo torna-se o rei dos Ventos.
Do alto das montanhas ouve os súditos rugirem.
Sob ordens de Júpiter, os ventos podem ser libertados sobre a Terra.
Os 4 principais ventos são filhos de Astreu e Aurora:
Bóreas (ou Setentrião), Zéfiro (ou Favônio), Euro
(ou Vulturno) e Noto (ou Austro).
Bóreas - Vento do Norte : Frio e rigoroso;
Zéfiro - Vento do Oeste : Impetuoso, provoca tempestades;
Euro - Vento do sudoeste;
Noto - Vento do sul.
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O que é o vento para o pássaro-poeta?
O poeta escorrega na trilha invisível do vento e passeia na sua asa.
Do alto, olha mudo o caminho fértil das palavras do mundo.
O poeta apanha um canto na curva do deserto de ar
iniciático e esvoaçante.
Deixam-se pegar os versos incompletos soltos nas chuvas.
Eles passam em bandos rumo às almas dos poetas,
seu recôndito de idéias.
O vento leva as sementes com seu movimento fecundo.
O vento dá voltas que renovam o que se perde no horizonte,
em todas as direções.
A boca do vento sopra sua rima no raio de sol
e faz esse poema para Éolo,
que sabe os momentos das brisas, ciclones e furacões.