Testemunha.
A lua tão linda da noite
É na minha alma tal e qual açoite
Relembrando a paisagem na janela
Que era nossa e nós éramos dela
Peles nuas, corações ardentes
Sem sabermos que espreitava o inimigo
O tempo! Que a todos vence.
E cria a rotina e traz discórdia
E quando não se espera
Um ficou pelo caminho
O outro passando pelo deserto
A rede na varanda então vazia
Vai ao vento e perde o perfume
Daquelas noites que testemunhou
A Lua!
E o riso abafa o grito
Com intenção desesperada de haver vida
E olhos nos olhos para enfim
Viver o que for mais preciso
Além de um amor que não se eterniza.
Cristhina Rangel