O POBRE E O DESTINO

A pobreza é um desatino

Castigando a menina e o menino

E o castigo ainda é mais seco

Na caatinga, no sertão

Sem água é só secura

E nada no mundo cura

A eterna desatenção

O carrasco é mais grotesco

A desenhar o futuro dantesco

De multidões sofrendo e pedindo

Frente aos senhores sorrindo

Sem um pingo de compaixão

Sabendo que seu acúmulo é a razão

Do pobre ter seu destino.

Neto Madeiro

Joaquim de Sousa Madeiro
Enviado por Joaquim de Sousa Madeiro em 25/02/2023
Código do texto: T7727732
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