UM SEM TETO EM MEIO A NEBLINA

 

 

Esse amor nasceu tão quieto,

tornou-se dom que me fascina...

Alucina e se faz concreto,

um sem teto em meio a neblina...

 

É tão manso seu doce canto

que espanta as dores que já tive...

E é de flores o leve manto

desse encanto que sobrevive...

 

Envolve-me o corpo e a alma,

garoa dourada de luz...

Que me conduz e me acalma

anulando o peso da cruz!

 

Tomou seu lugar, fez guarida

como dono e senhor da casa.

Como brasa aquece-me a vida

e na subida dá-me asas!

 

 

 

Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 10/12/2007
Código do texto: T772725
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