A palavra que nunca seca
traga seus olhos para me visitar
vamos transformar risadas em vinho
conversar sobre nada
rapte-me de mim
enche a casa de azul
suma com os dias ímpares
com a alegria dos dias
vou deixar o céu limpinho
o portão vai esvoaçar como um vestido
nossa música vai rodopiar
nos quintais como rosas
a sala vai se abrir
para o por de sol dos seus cabelos
vamos cortar os pulsos do mundo
ser isso ou aquilo
dividir mil mortes em uma
tão inesperado quanto o amor de antes
estava escrito, seria assim
como um céu que corre
e nos engole por inteiro