FANTASIAS

Tem gente que sonha de olhos abertos

Na ponta dos pés, equilibrada

Na ponta dos dedos, concentrada

Trazendo o distante para perto

Devorando lentamente os anseios

No calor da imaginação indecente

Se autoconsumindo vorazmente

Entre as pernas, por encantos, entre os seios

As imagens, nas paredes dos sentidos

Trazem as doces Tramas do infinito

Orvalhando de êxtase o réu bendito

Carregando de prazeres a libido

Tem gente que sonha de olhos fechados

Se infiltrando nos desejos alheios

Flutuando leve, como num etéreo passeio

Nas delícias do sonho acordado.