DESCANSE EM PAZ
Descansar em paz
não me apraz.
Quero, antes,
o ranger de dentes,
que esfarela bocas
carcomidas
e maledicentes.
Um fogo que chispa
(f)agulhas eternas
em minh'alma.
Essa chama
flamejante dantes
do nascimento:
torpe invento.
Um sol embaixo da terra
frita os ratos nos bueiros
(e as baratas também)
do sub: solo-mundo.
Imundo e mundano,
sigo: pisando em brasas.
O zinco
sobre nossas cabeças
não aquece menos:
zuarte.
O ego
é eco
dissonante.
De infernos em infernos,
céu.