A eternidade do amor

Se o destino amoroso das nossas vidas perdidas nos juntou

Marcou um encontro num caminho que nos cruzou

Então porque razão ele nos havia de afastar

Se o nosso coração já batia em sintonia sem a mão se tocar?

Já te amava secretamente e de ti nada sabia

Lia o teu pensamento num olhar que nunca via

Não conhecia a tez da tua pele e até já lhe tocava

Sentia na nudez da minha uma energia que me tranquilizava

E o amor foi crescendo nas linhas frágeis do sonho e fantasia

Era assim que o destino de mãos hábeis foi oferecendo o que queria

E hoje em dia que nem uma imagem tua tenho

Ainda te amo na miragem crua que invento num desenho

Por isso concluo que o amor é realmente uma lufada quente divina que maneja o sentimento

Porque vive num silêncio que se beija loucamente num cúmplice entendimento

Luísa Rafael

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Porto, Portugal