O abrigo da alma
O abrigo da alma
É no meio dos meus caóticos alvoroços
Em que o pensamento turbulento me faz moradia
Que caminho lentamente por entre os destroços
De um sentimento que me atropela e me consome o dia
Procuro um pouso de paz no parapeito das janelas
Deixar o pó que rodopia numa loucura voraz desmaiar na envelhecida mobília
Em lágrimas que saltam do peito de dores e sequelas
Que procuram o abrigo e a ternura de uma sentida família
Abre-se um portal florido ao amor que vem do ventre
Espera-se o calor musical da palavra que me afaga docemente
E um sopro de brisa de calor de lucidez e sabedoria
Um abraço da alma grandioso maior que o braço envolvente
Um beijo carinhoso que nos eleva a pequenez e oferece a alegria
Uma luz quente de conforto que seduz, esclarece e reluz magia!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal