POEMA SUTIL

Entre cálculos e medidas precisas

Descobre-se o imponderável

Nas dobras das planilhas do tempo

As almas se expandem vivas

Em espaço incalculável

Enganando o engenheiro desatento

Cientista, físico, artista

Lançam teorias sem precedentes

Na pretensão de subjugar o amor

Mas a alma, que ama é pacifista

Desliza pelo eterno inconsciente

E não se prende, seja lá pelo que for...

Assim, só se pode apreciar o amor

Pelo fogo que vibra ardente

Latente em fagulhas de paixão

Não há número que calcule seu sabor

De modo apropriado e diligente

Pois que sua essência é a emoção.

[parte de "Um dueto improvisado" P0EM4 NUM3R1C0 - Daniel C. Rodrigues]

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 27/11/2005
Código do texto: T77238