POEMA SUTIL
Entre cálculos e medidas precisas
Descobre-se o imponderável
Nas dobras das planilhas do tempo
As almas se expandem vivas
Em espaço incalculável
Enganando o engenheiro desatento
Cientista, físico, artista
Lançam teorias sem precedentes
Na pretensão de subjugar o amor
Mas a alma, que ama é pacifista
Desliza pelo eterno inconsciente
E não se prende, seja lá pelo que for...
Assim, só se pode apreciar o amor
Pelo fogo que vibra ardente
Latente em fagulhas de paixão
Não há número que calcule seu sabor
De modo apropriado e diligente
Pois que sua essência é a emoção.
[parte de "Um dueto improvisado" P0EM4 NUM3R1C0 - Daniel C. Rodrigues]