Sociedade dos poetas anônimos

Sou a sombra no espelho d'água

Sou pó de giz,

Poeira no horizonte da estrada!

Sou a tampa do iorgute...

Sou a data de validade no fundo da lata.

Eu sou pedrinha no paralelepípedo da estrada!

Sou casca de banana.

Sou um cancioneiro de cordas arrebentadas.

Sou um vaga-lume no fim da estrada...

Eu sou casca de pão

Solto num embrulho de papel pisado no chão.

Eu sou a venda de um exemplar no mar da Amazon!

Eu sou invisível! Incolor!Insosso!

Eu sou da plebe! Cheio de alvoroço!

Eu sou " made in China" de imposto reles...

Eu sou apenas um professor qualquer

Perdido no colo frívolo de uma brava mulher...

Escreveritus
Enviado por Escreveritus em 20/02/2023
Reeditado em 20/02/2023
Código do texto: T7723717
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