Sociedade dos poetas anônimos
Sou a sombra no espelho d'água
Sou pó de giz,
Poeira no horizonte da estrada!
Sou a tampa do iorgute...
Sou a data de validade no fundo da lata.
Eu sou pedrinha no paralelepípedo da estrada!
Sou casca de banana.
Sou um cancioneiro de cordas arrebentadas.
Sou um vaga-lume no fim da estrada...
Eu sou casca de pão
Solto num embrulho de papel pisado no chão.
Eu sou a venda de um exemplar no mar da Amazon!
Eu sou invisível! Incolor!Insosso!
Eu sou da plebe! Cheio de alvoroço!
Eu sou " made in China" de imposto reles...
Eu sou apenas um professor qualquer
Perdido no colo frívolo de uma brava mulher...