O CARNAVAL
Francisco de Paula Melo Aguiar
É a exaltação do querer
Ser o que na real não é
Samba no pé para bem-querer
Rei, rainha e ou mané.
É onde tudo é igual
Da riqueza despercebida
A pobreza percebida em geral
Tudo chique na avenida.
É como biquíni na praia
E gravata no banheiro
Tudo desnudo sem saia
É o preço do dinheiro.
Papangu é casal estranho
De gente alegre demais
Zumbi festeiro de riso fanho
E de pedras sem cristais.