Os caminhos da liberdade
Os caminhos da liberdade
A liberdade é como um rio vertente sem roteiro para a viagem
Apenas um fio de água transparente beija a sua verde margem
Segue a sua vontade por entre muros de terrenos circundantes
Lentamente se infiltra em espaços pequenos insignificantes
Parece que corre livremente com altivez e pujança
Segue aquele azul transparente da nudez com excesso de confiança
Mas na verdade ela bebe a água do caminho que calcorreia
Com a imprevisibilidade do destino que no futuro vagueia
A liberdade flui simplesmente por onde a deixam ir
Na suavidade de uma luta com as correntes a permitir
Por vezes resvala num mar tumultuoso em convulsão
Outras vezes se encosta num canteiro harmonioso em floração
Aquela liberdade que enche os rios com as lágrimas do céu
Em dilúvios frios de convulsões que na Terra se deu
É a que a história traz com as emoções embrulhadas num véu
Uma memória das pulsações e pegadas de quem antes as viveu
Luísa Rafael
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Porto, Portugal