Contemplação
Ao abrir a janela
Do meu singelo recanto
Contemplo o belo que ao longe aparece,
Na alva o gigante
Seu brilho encandece
Com sua magia e todo encanto.
Sinto em meu rosto
O vento soprar
O prazer que dá gosto
Do toque tão leve
Na calma minh ’alma enlouquece
E me encoraja a viver para amar.
De frente pro nada
Miro o tudo...
No fundo, céu claro qual espelho
Com olhos fechados
Imagino e vejo
A imagem sonhada que quero do mundo.
O ar que adentra meu pequeno espaço
Traz consigo tão rápido
Uma gota de esperança;
Me faz reviver na mais doce lembrança
O amor hodierno que ‘stá mui escasso.
Em meio à crise,
A tristeza ou à dor,
Sinto-me feliz
Por contemplar-te, hó amor.