Ventos de mudança
Ventos de mudança
Há esperas lentas esquecidas no desfile dos dias
Eternas Primaveras floridas sedentas das águas das lágrimas caídas
Noites de vigias que nos calam nas sombras paradas de quartos sombrios
Leitos de fantasias carentes que embalam os silêncios frios dos momentos vazios
Olhos tristes pousados em infinitos longínquos e incertos
Turvos pelos orvalhos da neblinas marejadas de mistérios
Amores distantes de desejos como oásis nos desertos
Quebrados pelas linhas das sinas dos fadados sentimentos etéreos
Preces de dores sofridas nos gemidos abafados das contas do rosário
Acalmam as feridas da alma nestes encantadores recantos do imaginário
E despertam novas vidas como flores que desabrocham de adormecidas raízes
Renasço com o sopro de vento que perfuma as manhãs dos dias felizes
Lufadas de magias de amores que foram apenas capítulos de felicidades
E que agora adormecem em espumas suaves de nuvens que deixam amenas saudades
Luísa Rafael
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Porto, Portugal