Da janela
Pela janela entreaberta
Por onde entram os ais e as ausências
Uma a uma as saudades se revezam
O ar me foge
E contam-se as sentenças.
Só as certezas são imensas
E caminham entre asfaltos desgastados e o velho muro descoberto.
O amor não resiste a frestas
E redunda e passa e volta
Rasga as poucas veias rasas
Com o olhar perdido, prendendo as asas
Entre o infinito e o teto.