Ainda te espero
Ainda te espero
Ainda te espero por entre as brechas luminosas das esperas
Como pétalas sedosas desejam as carícias das eternas Primaveras
Como as brisas se deixam seduzir pelo sabor quente da ilusão
Ainda te espero no desabrochar irreverente do nosso amor em floração
Ainda te espero nas revoadas loucas da colorida passarada
Como orvalhos descansam no jardim verdejante da madrugada
Como o sol repousa na despedida lenta do fim do dia
Ainda te espero no lençol de cetim do delírio e fantasia
Ainda te espero na linha do horizonte onde o olhar rasga a madrugada
Como a chuva se despe quando chora na calçada
Como borboleta se veste e aprimora no enamoramento
Ainda te espero como poeta se demora na letra bordada de sentimento
Ainda te espero como a eternidade beija loucamente o infinito
Ainda te espero docemente e enfim aqui em liberdade grito!
Luísa Rafael
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Porto, Portugal