Eu Escuto as Cores dos Perfumes das Manhãs
Eu escuto as cores dos perfumes que exalam dentro mim como raios dos sóis que perambulam nos meus poros
Eu sinto o pulsar das estrelas que cantam dentro de minhas veias
Eu enxergo os vínculos cheirosos que gritam na minha iris negra de tão poesia
Eu danço sob os lastros dos versos em fios tecidos sob a égide dos deuses que versam com os orvalhos as texturas dos cantos dos passarinhos
Eu sussurro nos tímpanos da claridade das manhãs tão poéticas de tão meninas, singelas de tão bonitas
Eu grito com meus sorrisos as dobraduras sazonais de ébrias tardes tão somente minhas
Eu suo lágrimas que escorrem livres por entre os vértices do tempo tão bonito e tão nu de tão belo
Eu me redimo e me comprimo,
me elasteço e subordinado escrevo e inscrevo meus rastros sob a tutela
testemunha da rebeldia de viver cada pedaço das manhãs como um gole de poesia