Garimpo Poético
Um vate, e farta mina,
Em linhas a garimpar.
Em busca de boas lavras,
Pra que possa se expressar.
Não tem limo, nem mercúrio,
Onde vive a garimpar.
Alva lâmina e grafite,
Tudo que vai precisar.
Precioso é o fruto,
Que do seu deleite sai.
Decompõe-se, vira magia,
Fascínio que nos distrai.
O sol não lhe queima a face,
Enquanto seu encanto escreve.
Mas é chama, e aquece a alma,
De quem das linhas se serve.