Ondas astrais

O verme que passeava

Na lua cheia,

Agora dorme

Na própria cadeia

Nem Ney, que cantou,

Acreditava que um dia

A luz da cheia

Também iludia

E, ainda que preso,

O verme rasteja

Em riste, insite

Com sobeja

Quando a noite se forma

Da tela quadrada

O verme se afirma

A uma turma vidrada

Pobre verme

Sem alma e inerme,

Triste turma

Torpe e disforme.

rimedor
Enviado por rimedor em 10/02/2023
Código do texto: T7716465
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