Ondas astrais
O verme que passeava
Na lua cheia,
Agora dorme
Na própria cadeia
Nem Ney, que cantou,
Acreditava que um dia
A luz da cheia
Também iludia
E, ainda que preso,
O verme rasteja
Em riste, insite
Com sobeja
Quando a noite se forma
Da tela quadrada
O verme se afirma
A uma turma vidrada
Pobre verme
Sem alma e inerme,
Triste turma
Torpe e disforme.