A tõa a toda vida !
E se me pego a pensar com nostalgia
Em outras eras em que essa boca ria
Seguro de mim nunca balbuciei
Gritei , corri , dancei , lutei e cantei .
Eu peço ajuda , mas não vem .
Me questiono o tempo todo ,
Em que canto me larguei .
Na minha face uma expressão tão dolorida
Bem distante da velha e boa energia
A impressão de que nem foi por essa vida
Hoje Cabisbaixo passivo e sem medida
Onde o brilho era tão forte , me invadia
Através de sorrisos e olhares
Alegria naturalmente eu distribuía .
Imploro ajuda , cadê eu !
Sozinho choro estas lágrimas malditas
Por toda volta pessoas tão queridas
Muito mudou eu sei , temos tempo pra tudo
Mas meu choro continua solitário
silencioso e mudo .
Amar é meu único desejo empírico
Quem viu brotar o pranto em meu espírito ?
Quem viu o choro transbordar aqui dentro
Será castigo , frescura ou lamento ?
O futuro escapa como vento, eu tento .
Carinho abraço ou contentamento ,
Mas como só o orgulho da as caras
O Afeto não arrisca presença
Nem em um só momento .
No final não digo nada ,
O Poeta é sim uma pessoa errada
Desajustada
Cuja o remédio pra dor abafada
É poetizar até que o choro
Me faça dormir !
Talvez por fraqueza por frescura ,
Mas choro é choro
E o meu tá aqui !