A tõa a toda vida !

E se me pego a pensar com nostalgia

Em outras eras em que essa boca ria

Seguro de mim nunca balbuciei

Gritei , corri , dancei , lutei e cantei .

Eu peço ajuda , mas não vem .

Me questiono o tempo todo ,

Em que canto me larguei .

Na minha face uma expressão tão dolorida

Bem distante da velha e boa energia

A impressão de que nem foi por essa vida

Hoje Cabisbaixo passivo e sem medida

Onde o brilho era tão forte , me invadia

Através de sorrisos e olhares

Alegria naturalmente eu distribuía .

Imploro ajuda , cadê eu !

Sozinho choro estas lágrimas malditas

Por toda volta pessoas tão queridas

Muito mudou eu sei , temos tempo pra tudo

Mas meu choro continua solitário

silencioso e mudo .

Amar é meu único desejo empírico

Quem viu brotar o pranto em meu espírito ?

Quem viu o choro transbordar aqui dentro

Será castigo , frescura ou lamento ?

O futuro escapa como vento, eu tento .

Carinho abraço ou contentamento ,

Mas como só o orgulho da as caras

O Afeto não arrisca presença

Nem em um só momento .

No final não digo nada ,

O Poeta é sim uma pessoa errada

Desajustada

Cuja o remédio pra dor abafada

É poetizar até que o choro

Me faça dormir !

Talvez por fraqueza por frescura ,

Mas choro é choro

E o meu tá aqui !

Humberto Flores Camargo
Enviado por Humberto Flores Camargo em 09/02/2023
Reeditado em 09/02/2023
Código do texto: T7715443
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