A favada do poeta
Uma fava bem quentinha
O cabra não enjoa
Numa panela de barro
A testa do vate soa
Retículo, omaso e abomaso
Uma batata baroa
Completam a favada
Depois de dizer uma loa
Um punhado de farinha
A linguiça não destoa
Se tiver um bucho é bom
Uma caninha chega ressoa
Um mocotó, um cheiro verde
Depois uma rede na proa
Um pedaço de rapadura
Um taco de uma broa
Pra quê dinheiro, então?
É só arrumar uma coroa
Poeta assim não se cansa
De comer comida boa