Castelos inalcançáveis

Rabiscando castelos inalcançáveis na areia sonhei

que desvendavas o meu corpo, como um cão no cio

fareja os feromônios da sua fêmea a viçar. E ansiei

que esquadrinhasses as minhas curvas em precipício

desvelando e compreendendo os seus mistérios e divaguei.

Imaginei que absorvias incessante e despudoradamente

meus contornos, como um sedento de luxúria mergulha

em águas doces e cristalinas, e tu bebias insaciavelmente.

E desejoso, atravessaste a impenetrabilidade lascívia imaginada

e, desvairado de apetecer, te deleitaste em prazer sofregamente.

Umbelina Marçal Gadelha

Umbelarte
Enviado por Umbelarte em 06/02/2023
Reeditado em 06/02/2023
Código do texto: T7713280
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