Papel almaço
no delírio da caneta
tudo pode enlouquecer
pra dar e vender
vestido faz amor
sapatos saem
pés vão para o boteco
noite fica grávida do dia
o que não interessa acontece
em puro glamour
dona das palavras
faz diferença quando dança
sorri mundo afora
até maravilhar
o que na boca é festa
muda o dia
não dá para esconder
se ama ou desama
brilha nos lugares fora do papel
debruça-se
acima de todas as coisas
até o ponto final
acordando o último
pau de arará