A Farsa

E a farsa que avança, que afasta

E o disfarce como enlace na estreiteza

com poucas e com muitas caras, se desmascara, se encaverna, se dilacera

E se esgarça, sem graça e de graça!

E a farsa,

Que desgraça!

Se afunila e se desgasta

Na estreiteza da lógica ilógica

Na tecitura branda e imunda de cada lama esfomeada

E a farsa que se desdobra nas manobras de estreitezas tenazes e teimosas

E a farsa no altar - morimbundo das vaidades mesquinhas, obsoletas e absolutas

E a farsa que amputa, reputa e encurrala

E a farsa se dilui e se amplia, evolui e se avoluma

E a farsa acorda acordos

E a farsa que se disfarça, se dilui como nódoas e se apregoa como tatuagens

E se engana com o próprio engano

É a farsa que se dilata ...

É autoritária que se autoriza em nivelar - se por cima de qualquer farsa!

E se pulveriza com ranços de feiúras

Na bravura covardia iníqua, promíscua que se envieza, se enverga , se outorga e se especula na tutela que se esfera e se esmera em espelhar - se cegamente

E a farsa que sorrir, imitar risos e fingir gargalhadas em estradas ocas e vazias!

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 03/02/2023
Reeditado em 04/02/2023
Código do texto: T7710929
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.