A Farsa
E a farsa que avança, que afasta
E o disfarce como enlace na estreiteza
com poucas e com muitas caras, se desmascara, se encaverna, se dilacera
E se esgarça, sem graça e de graça!
E a farsa,
Que desgraça!
Se afunila e se desgasta
Na estreiteza da lógica ilógica
Na tecitura branda e imunda de cada lama esfomeada
E a farsa que se desdobra nas manobras de estreitezas tenazes e teimosas
E a farsa no altar - morimbundo das vaidades mesquinhas, obsoletas e absolutas
E a farsa que amputa, reputa e encurrala
E a farsa se dilui e se amplia, evolui e se avoluma
E a farsa acorda acordos
E a farsa que se disfarça, se dilui como nódoas e se apregoa como tatuagens
E se engana com o próprio engano
É a farsa que se dilata ...
É autoritária que se autoriza em nivelar - se por cima de qualquer farsa!
E se pulveriza com ranços de feiúras
Na bravura covardia iníqua, promíscua que se envieza, se enverga , se outorga e se especula na tutela que se esfera e se esmera em espelhar - se cegamente
E a farsa que sorrir, imitar risos e fingir gargalhadas em estradas ocas e vazias!