MORTE NA ENCRUZILHADA
Hoje é tarde demais para sonhar futuros
e cedo demais para reinventar passados.
Suspensos entre todos os tempos da existência,
nos surpreendemos póstumos.
Nada, afinal, nos limita ou determina.
Somos livres para conspirar
contra a realidade,
desacreditar rotinas,
atentar contra a lei e a ordem,
e levar o corpo às últimas consequências
de nossas etéreas geografias humanas.
O momento é incerto
e nada está sob controle.
Toquem o alerta de incêndio,
dancem ao redor do fogo!
Logo, estaremos todos mortos!