FRONTEIRAS

Ando doida e doída

No meio desse turbilhão

De um lado as coisas da vida

De outro a vida que não...

Nos dias me mato na lida

Nas noites me entrego à ilusão

Eu ando, de fato, perdida

Sou uma e sou multidão...

Eu mesma me firo a ferida,

Oscilo em loucura e razão...

Assim, fronteiriça e lasciva

Me vou pelos dias que vão

Nos vãos das palavras sortidas

Que disponho eu com as mãos.

Dalila Langoni
Enviado por Dalila Langoni em 27/11/2005
Código do texto: T77103