FRONTEIRAS
Ando doida e doída
No meio desse turbilhão
De um lado as coisas da vida
De outro a vida que não...
Nos dias me mato na lida
Nas noites me entrego à ilusão
Eu ando, de fato, perdida
Sou uma e sou multidão...
Eu mesma me firo a ferida,
Oscilo em loucura e razão...
Assim, fronteiriça e lasciva
Me vou pelos dias que vão
Nos vãos das palavras sortidas
Que disponho eu com as mãos.