Sem a Carícia das Flores
A ferida aberta sangrando
A veia partida deteriorando
O pulso latente rasgado
A vida em branco e preto por dentro
O sorriso coagulado em sal
se liquidando em gotículas imundas de dor,
inundadas de solidão
A garganta seca áspera ríspida
E a vida em nódoas, em cicatrizes,
em máculas, tatuada com as cores doloridas de caminhos sórdidos
íngremes, tortos sem o brilho das estrelas
Sem a carícia das flores em manhãs sem cores
E as feridas em dores, sem cores, sem cortes, sem perdão ...