Sem a Carícia das Flores

A ferida aberta sangrando

A veia partida deteriorando

O pulso latente rasgado

A vida em branco e preto por dentro

O sorriso coagulado em sal

se liquidando em gotículas imundas de dor,

inundadas de solidão

A garganta seca áspera ríspida

E a vida em nódoas, em cicatrizes,

em máculas, tatuada com as cores doloridas de caminhos sórdidos

íngremes, tortos sem o brilho das estrelas

Sem a carícia das flores em manhãs sem cores

E as feridas em dores, sem cores, sem cortes, sem perdão ...

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 02/02/2023
Código do texto: T7710073
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