"À LUZ DA VELA" Poema de: Flávio Cavalcante
À LUZ DA VELA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
Tênue é a luz avermelhada da vela
Noite friorenta, silenciosa e sem luz
Brilho intenso da pintura sobre a tela
Palavras citadas que enobrecem e seduz
II
Luz branda e branca sobre um criado mudo
Mostrando a silhueta em sombra escura
Desenho em penumbra sem forma e escudo
Ao apagão da vela se tornará forte luz futura
III
O bailar de uma luz trêmula e quase mortiça
Transmite o medo sorumbático e sombrio
Noite de luz à vela que não favorece e atiça
E na pele traz um misto de pavor em arrepio
IV
Apague a luz avermelhada que eu quero dormir
O que incomoda é o zumbido do inconsciente
Fantasmas sem formas começam à surgir
Me matam de susto em noites constantemente
V
Mesmo estando no escuro consigo te ver nua
Até o amor feito no apagar à luz mortiça da vela
Traz à tona a emoção que ainda continua
Te acariciando mulher, sendo minha Cinderela